sonia madruga trajetória

As aquarelas de Sonia Madruga fluem ora delicadas ora intensas, revelando toda a alegria de viver da artista. Desta dicotomia força-delicadeza, unida à temática regional/universal, surge a Beleza, que, incontida em suas pinturas, nos alcança com o prazer de um abraço.

Sua trajetória profissional está intimamente identificada à cidade do Rio de Janeiro, à qual dedica uma série de pinturas salientando sua exuberante paisagem, flora e fauna; registros folclóricos e elementos do sincretismo religioso que cunham o imaginário popular. A aquarelista capta com maestria a jovialidade e o estado de espírito da cidade onde nasceu e vive.

Um dos marcos de sua pintura é o uso de águas de diferentes origens como base harmônica. Sonia aquarela sempre com água de chuva, do mar, das nascentes e até com água benta. Esta particularidade da artista teve início durante o Holi, o Festival das Cores, na Índia, e prosseguiu quando, na Austrália, pintou utilizando água de billabong.

Nascida em 23 de junho de 1949, Sonia se formou em psicologia pela Universidade Gama Filho, e trabalhou durante 20 anos como empresária de moda. Antes de se dedicar exclusivamente às artes plásticas, aprimorou-se tanto no meio acadêmico, onde participou de cursos e oficinas de arte – na UERJ, no Parque Lage, a 18ª edição do Procedência e Propriedade, com Charles Watson; curso de Design de Exposições, no Museu da República, com Luís Alberto Zuniga e Cintia Kury Souto, entre outros, bem como viajando, vivendo e trocando experiências – foram mais de 35 países visitados ao longo de 6 anos.

Com uma carreira orgânica sólida, iniciada em 2002, Sonia coleciona vários prêmios e honrarias, tendo participado de inúmeras exposições no Brasil, Estados Unidos, Itália, Grécia e França. Em 2009 recebeu medalha de prata pelo conjunto de sua obra, dada pela Academia Francesa de Artes, Ciências e Letras. Foram 16 exposições individuais entre 2004 e 2016. Participou do mega evento organizado pela Macys para homenagear o Brasil, no ano de 2012 simultaneamente em 5cidades norte-americanas – Nova York, Chicago, Miami, São Francisco e Fort Lauderdale.

Durante 5 anos apoiou culturalmente o projeto Música no Museu, como curadora da arte que ilustrou as capas da programação mensal do projeto, reunindo artistas plásticos do Amazonas ao Rio Grande do Sul. Em 2015 assinou a capa do CD “América, Brasil”, de Ivan Lins, com a aquarela Festa do Divino – em novembro o álbum viria a ganhar o Latim Grammy Awards na categoria de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira.

Sonia, que tem como uma de suas principais qualidades a polivalência, continua se aperfeiçoando diariamente. De 2018 a 2019 dedicou-se ao aprofundamento de seus estudos, atividades no atelier e à primeira edição do seu livro Caminhos de Gibran, uma homenagem ao escritor libanês Khalil Gibran. A 2ª edição, que estava planejada para sair em 2020, em decorrência ao surto de pandemia da Sars-CoV-2, foi adiada para 2022, quando Sonia celebrará 20 anos de carreira nas artes plásticas. Em 2018 formou-se como Mediadora Judicial e atuou no CEJUSC Capital, no Rio de Janeiro. Participou de estudos e práticas em Mediação Cultural, no Canadá. Já em 2020 realizou cursos de alta performance na área de desempenho com excelência no Instituto Gente e o curso Negócios de Palestras, com Roberto Shinyashiki.

Às vésperas de completar 20 anos no mundo das aquarelas, Sonia passou a integrar, em março de 2021, o rol da prestigiosa Academia Brasileira de Belas Artes. Tal feito é resultado do reconhecimento de sua extensa vida profissional e da importância de seu currículo e de suas obras de arte.