sonia madruga pequenas histórias

Meu avô, Edmundo Gastão da Cunha, pai de minha mãe, era general, professor de astronomia, campeão de xadrez e escritor. Quando pequena, saíamos para caminhar depois do jantar; para mim ele era como um grande chefe índio que me contava histórias fascinantes sobre Alfa Centauro, Antares, Órion e a Via Láctea. Adorava nossos passeios e me perguntava o que as estrelas tinham a ver com as histórias das estrelas.

Um dia enchi-me de coragem e perguntei: Vovô, qual a importância dessas histórias? E ele respondeu: Soninha, se você apreciar, a importância é grande. Se não, nada se pode fazer.

Foi quando comecei a aprender sobre coisas que realmente importam.

Pintando

A paisagem interior derrama paz e sossego na aquarela. Quando acabo de pintar, diante de mim ela me estende suas cores e amor, refúgio.

Gosto de pintar à noite e de vez em quando espio o céu. Ontem, estrelado e lá estava a Lua crescente, ampliando a minha consciência do Universo e nesta amplitude, a exata dimensão do meu real tamanho.

Nós de JUNHO somos frutos de PRIMAVERAS.

Trazemos no nosso DNA o pólen, cores de arco íris, brisa e orvalho.

Temos conosco o aconchego de fogueiras, talentos na cozinha, no lar, cuidamos bem do que amamos. Desde pequena, logo depois do dia de Santo Antonio, a gente se reunia para pensar na festa de São João e toda a alegria da preparação, papel de seda, cola e barbante.

Nós, os cancerianos, somos guiados por sonhos, pela luz da lua e pelas estrelas; um tipo de unicórnio, meio atrapalhados mas mágicos, sensíveis e às vezes até dramáticos, acreditamos no amor!!

Nem tudo pode ser expressado em palavras.

O sublime, a beleza, tudo que nos faz transcender em amor e êxtase, usa a linguagem universal da Arte.

No silêncio, em formas e cores, as minhas emoções navegam nos espaços brancos da tela e do papel, aventureiras e cúmplices, mapeando segredos da minha alma.